O presidente sudanês Omar al-Bashir foi proibido por um juiz de deixar a África do Sul devido a um processo internacional que pode levar à sua prisão, acusado de cometer violações aos direitos humanos. Ele estava em Joanesburgo para uma cúpula de líderes africanos neste domingo (14).
Al-Bashir posou sorrindo para uma foto com os outros participantes do encontro, usando terno e gravata. Ele é procurado pela Corte Criminal Internacional (ICC, na sigla em inglês).
O partido que governa a África do Sul afirmou que o governo do país garantiu imunidade “a todos os participantes, como parte das normas internacionais para países hospedarem reuniões da União Africana, ou mesmo as nações unidas”.
Segundo o partido, as decisões da ICC tendem a punir injustamente países africanos e do Leste europeu.
Antes do evento, a União Africana havia pedido à corte que parasse de processar presidentes no exercício do cargo e disse que não vai compelir seus estados-membros a prender um líder em nome da corte.
O Centro de Litigância do Sul da África disse ter obtido uma determinação judicial de que o governo deveria impedir al-Bashir de deixar o país enquanto a corte julga se ele deve ser preso pelas acusações de genocídio e outros crimes. Bashir tomou posse por meio de um golpe em 1989.