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O presidente eleito de Honduras, Porfirio Lobo, disse no domingo que fará gestões para que o presidente deposto, Manuel Zelaya, consiga deixar a embaixada do Brasil, depois de uma tentativa frustrada de sair o local na semana passada.

Lobo disse que planejava se reunir com Zelaya na República Dominicana nesta semana, antes de ser cancelada a saída dele do país para o México, na quarta-feira.

O governo mexicano chegou a enviar um avião a Tegucigalpa para levar Zelaya, mas a saída foi frustrada quando o governo de facto afirmou que ele só poderia deixar o país como asilado político.

Zelaya, que voltou clandestinamente ao país em 21 de setembro e se abrigou na embaixada brasileira, após ser expulso do país num golpe de Estado em 28 de junho, queria chegar ao México como hóspede de honra. Ele disse que as autoridades do governo de facto querem que ele renuncie às suas reivindicações de volta ao poder.

"Eu ajudarei o possível para ajudar a saída do ex-presidente 'Mel' Zelaya, mas insisto que tanto o salvo-conduto (para que ele deixe o país) e uma anistia com seus termos são decisões das autoridades", disse Lobo a jornalistas após voltar de uma viagem a Miami.

O presidente da República Dominicana emitiu um comunicado no qual sinaliza que "a conversação (entre Lobo e Zelaya)... terá que ser postergada até que o governo de facto crie as condições para que o presidente Zelaya saia para manter esse diálogo, como é seu desejo".

Lobo disse que agradeceu o presidente dominicano, Leonel Fernández, por suas gestões, "mas, no entanto, como sabem, não haverá nenhuma reunião".

Zelaya tem ordens de prisão contra si por supostamente violar a Constituição ao buscar realizar, no mesmo dia que foi deposto, uma consulta popular para abrir espaço para a reeleição, apesar de a consulta ter sido proibida por um juiz.

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