O presidente peruano, Alan García, pediu nesta sexta-feira mais "prudência" às autoridades penitenciárias sobre as visitas recebidas pelo ex-presidente Alberto Fujimori, após a divulgação de imagens que mostraram dezenas de seguidores no local onde ele está preso.

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Fujimori, condenado a 25 anos, está detido na base policial "Diroes" desde 2007, quando foi extraditado do Chile acusado de endossar a morte de 25 pessoas durante uma guerra entre as forças de segurança e rebeldes esquerdistas no início de seu governo na década de 1990.

A revista local Caretas divulgou na quinta-feira imagens em que se via dezenas de simpatizantes de Fujimori saindo da Diroes em ônibus pequenos.

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Segundo a publicação, entre os visitantes estariam dirigentes de organizações sociais que, após um almoço, "são doutrinados" pelo ex-presidente "de olho no trabalho proselitista de 2011 e na candidatura de sua filha Keiko Fujimori".

"Tudo bem que as pessoas visitem uma pessoa detida, mas que isso se converta em manifestação ou, como dizem, doutrinamento seria um excesso, e acredito que é preciso limitar isso para que não se caia em exageros", afirmou García a jornalistas.

"Acredito que os membros do partido do senhor Fujimori teriam que atuar com mais prudência (...). Vamos instruir através do Ministério da Justiça e da Diroes para que se tenha mais prudência", completou o mandatário.

Keiko Fujimori, aspirante a candidata para a Presidência peruana e que está em segundo lugar nas pesquisas para as eleições presidenciais de 2011, desmentiu que nas visitas estejam "doutrinando" os partidários.

"As pessoas que vão visitar Alberto Fujimori o fazem de forma espontânea, o fazem com muito carinho, não se pode limitar o carinho dessas pessoas. Eles entram em grupo de no máximo 15 pessoas (...), todos são absolutamente revisados, e é feito de maneira organizada", disse Keiko à rádio RPP.

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