O Chile vai propor a instalação de uma "mesa de diálogo" e o envio de uma missão da Unasul e da OEA para a Bolívia para tentar encerrar a crise política entre o governo de Evo Morales e os governadores de oposição.
A informação foi antecipada pelo chanceler chileno, Alejandro Foxley, em uma reunião prévia. O Chile detém a presidência temporária da Unasul, bloco diplomático que reúne os países da América do Sul.
Nove presidentes do bloco e o presidente da OEA (Organização dos Estados Americanos) reúnem-se nesta tarde em Santiago do Chile para tentar encontrar uma saída para a crise boliviana, que já deixou cerca de 30 mortos e centenas de feridos nos últimos dias no país , a maioria no estado de Pando, no norte do país.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o próprio Morales já confirmaram presença.
Segundo Foxley, a mesa de diálogo seria estabelecida em La Paz para "ouvir todos os setores" envolvidos na crise. O chanceler chileno disse que o objetivo imediato da crise é estabelecer um calendário para encerrar a violência e tornar o diálogo permanente.
Foxley disse que, ao fim do encontro, marcado para as 16h de Brasília, a Unasul vai emitir uma declaração em que deve reconhecer a "autoridade legítima" do presidente Morales. O documento também reafirmará "o princípio da legitimidade da democracia liderada por Morales" e a "integridade territorial" da Bolívia.
Morales chega
Morales já chegou em Santiago e agradeceu aos seus colegas pela reunião de emergência.
Segundo ele, os presidentes vão defender a "união" e a "democracia" em seu país. Ele voltou a acusar seus opositores de tentarem um "golpe" contra seu governo.
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