Mais de 13,4 milhões de pessoas acompanharam na noite de domingo a primeira entrevista do ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn, que fez uma espécie "mea culpa" na televisão em função do escândalo pelo qual foi detido e indiciado por tentativa de estupro pela camareira guineana Nafissatou Diallo, de 32 anos.

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O recorde de audiência não era registrado desde novembro de 2005, quando os subúrbios de Paris e outras cidades francesas foram cenário de violência urbana.

Strauss-Kahn, 62 anos, reconheceu que manteve uma "relação inapropriada" e que cometeu uma "falta moral" quando estava hospedado no hotel Sofitel de Nova York, segundo entrevista ao canal privado de TV da França TF1.

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"O que houve foi uma relação inapropriada", afirmou Strauss-Kahn em entrevista à Claire Chazal, apresentadora do telejornal do canal TF1, amiga de sua esposa Anne Sinclair.

Em seguida, Strauss-Kahn disse que o que houve "foi mais grave que uma debilidade: foi uma falta moral".

O ex-diretor do FMI admitiu também que pretendia ser o candidato socialista à presidência da França em 2012, mas disse que o escândalo no qual está envolvido impossibilita sua candidatura.

"Contudo, creio que uma vitória da esquerda é necessária", disse.

Segundo Strauss-Kahn, ele acreditava que sua posição no FMI lhe daria certa vantagem na corrida presidencial.

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"Agora tudo isso é passado", disse ele. "Não sou mais candidato", concluiu.