Um homem passa pela imagem do cosmonauta russo Yuri Gagarin| Foto: REUTERS/Alexander Natruskin

A Rússia comemora hoje o 50º aniversário da primeira viagem espacial de um humano, o cosmonauta russo Yuri Gagarin. Apesar disso, o país se arrisca a perder sua vantagem no espaço, ao confiar exclusivamente nos avanços obtidos na era soviética e fazer muito pouco para desenvolver novas espaçonaves, advertiu hoje uma cosmonauta russa.

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Svetlana Savitskaya, que voou em duas missões espaciais em 1982 e 1984 e se tornou a primeira mulher a fazer uma caminhada espacial, criticou duramente o governo russo por prestar pouca atenção aos avanços no espaço, desde o colapso da União Soviética, em 1991. "Não há nada novo para sentir-se orgulhoso nos últimos 20 anos", disse Savitskaya, membro do Parlamento pelo Partido Comunista.

Ainda que as envelhecidas espaçonaves russas passem a ser o único meio de transporte até a Estação Espacial Internacional, após os Estados Unidos encerrarem seu programa de ônibus espaciais com o voo da Atlantis em meados do ano, os norte-americanos já trabalham em uma nova geração de naves espaciais. Enquanto isso, a Rússia não fez praticamente nada para projetar substitutos para a nave espacial Soyuz, de 43 anos comparou Savitskaya.

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"Se não nos colocarmos em dia com o que perdemos nos últimos 20 anos, ficaremos sem nada", disse Savitskaya em entrevista coletiva. Funcionários do setor e astronautas do mundo todo chegaram a Moscou para homenagear Gagarin. O russo passou 108 minutos no espaço em 12 de abril de 1961, estimulando também os EUA a acelerarem seus passos na corrida espacial para chegar à Lua.