O primeiro-ministro egípcio, Hazem Beblawi, afirmou hoje que a polícia agiu com "toda moderação" durante a sangrenta desocupação de partidários do presidente deposto Mohammed Mursi, reunidos em dois acampamentos no Cairo.

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Ao justificar a intervenção das forças de segurança, em pronunciamento pela televisão, Beblawi considerou que "nenhum Estado que se respeite teria conseguido tolerar" a ocupação das praças Rabaa al-Adawiya e Nahda por milhares de manifestantes durante um mês e meio.

A operação deixou dezenas de mortos e centenas de feridos. As ocupações foram montadas em 3 de julho, mesmo dia em que Mursi foi retirado do poder pelos militares e detido em local não identificado.

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No mesmo pronunciamento, o premiê afirmou que o estado de emergência, anunciado mais cedo, terá a menor duração possível. A Presidência havia anunciado que ele deve durar um mês e teve início às 16h locais (11h em Brasília).

Foi decretado também toque de recolher em diversas províncias egípcias, entre às 19h de hoje às 6h de amanhã (14h de hoje à 1h de amanhã em Brasília).

O banho de sangue provocou uma crise governamental, com a renúncia do vice-presidente e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Mohamed ElBaradei, e foi condenado pela ONU e por países ocidentais e muçulmanos.