O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, ligou o atentado em Beirute à crise na Síria. A explosão da sexta-feira ocorreu no coração da área cristã em Beirute. O governo declarou este sábado como dia nacional de luto pelas vítimas, mas manifestantes saíram às ruas, queimando pneus e bloqueando estradas no país em protesto contra as mortes.

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Mikati afirmou, neste sábado (20), que a explosão está ligada às recentes investigações que expuseram um suposto plano na Síria para deflagrar uma campanha de atentados e assassinatos para estabelecer caos no Líbano.

"Eu não quero prejudicar a investigação, mas o fato é que não podemos separar os crimes de ontem da revelação sobre explosões que poderiam ocorrer", citou Mikati, em uma entrevista coletiva, após reunião de emergência de seu gabinete.

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Os dois países compartilham laços políticos e também sectários, o que, usualmente, faz com que os eventos em uma fronteira ecoem na outra. A oposição no Líbano é um bloco contrário à Síria, enquanto o primeiro-ministro e boa parte do governo são vistos como favoráveis ao país vizinho.

Mikati também citou que colocou seu cargo à disposição depois dos atentados da sexta-feira, mas o presidente Michel Suleiman pediu a ele para não gerar mais incerteza no país. Mikati está enfrentando pressões políticas profundas de seus oponentes depois do ataque. As informações são da Associated Press.