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Espionagem

Principal juiz do Irã ordena investigação sobre caso de repórter

A jornalista Roxana Saberi, durante uma reportagem em Teerã, em foto de setembro de 2003 | Behroux Mehri/AFP
A jornalista Roxana Saberi, durante uma reportagem em Teerã, em foto de setembro de 2003 (Foto: Behroux Mehri/AFP)

O chefe do Judiciário do Irã, aiatolá Mahmoud Hashemi Shahroudi, ordenou nesta segunda-feira (20) uma completa investigação sobre o caso de uma jornalista norte-americana condenada por espionar e sentenciada a oito anos de prisão. A informação foi divulgada pela agência estatal Irna.

A ordem firmada por Shahroudi nesta segunda ocorre um dia depois de o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, dizer que Roxana Saberi deve ter direito a uma ampla defesa, durante sua apelação. Segundo a Irna, a investigação será realizada durante o processo de apelação.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse estar "gravemente preocupado" com o caso Roxana. Obama também disse ter certeza de que a repórter, também cidadã iraniana, não está envolvida em espionagem para os EUA.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, renovou nesta segunda-feira os pedidos pela libertação da repórter. Segundo Hillary, Roxana é inocente e deve ser solta imediatamente. Ela disse esperar um resultado positivo da revisão do caso, ordenada pelo chefe do Judiciário iraniano.

O caso dificulta os esforços da administração Obama para romper um impasse de 30 anos nas relações diplomáticas entre os dois países.

Pais

Os pais da jornalista visitaram a filha na prisão, nesta segunda-feira, pela primeira vez após a condenação na semana passada. Segundo eles, Roxana estava em boas condições.

"Ela parece estar bem", disse o pai da repórter, Reza, que nasceu no Irã. A jornalista é mantida na prisão de Evin, ao norte de Teerã. Os pais de Roxana vivem em Fargo, na Dakota do Norte, mas viajaram ao país para buscar a libertação dela. A mãe, Akiko Saberi, negou que a filha seja espiã.

Roxana, que foi miss Dakota do Norte em 1997, vive no Irã há seis anos e trabalhava como repórter freelancer para empresas como a Rádio Pública Nacional e a British Broadcasting Corp. (BBC). Por seu pai ser iraniano, ela recebeu a cidadania desse país.

Os EUA e o Irã romperam relações diplomáticas em 1979, após a Revolução Islâmica e a tomada da embaixada dos EUA em Teerã. As informações são da Associated Press.

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