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batalha final

Procura-se Kadafi

Rebeldes percorrem rua de Trípoli após dominarem as forças leiais a Kadafi em vários pontos da cidade. Combates estão restritos a “fortalezas” do regime e da família do ditador líbio | Bob Strong/Reuters
Rebeldes percorrem rua de Trípoli após dominarem as forças leiais a Kadafi em vários pontos da cidade. Combates estão restritos a “fortalezas” do regime e da família do ditador líbio (Foto: Bob Strong/Reuters)
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Enquanto travavam ontem a batalha pelo controle da capital Trípoli, rebeldes líbios comemoravam vitória e anunciavam que a "era Kadafi" terminou. No meio tempo, estimavam um prazo de 10 a 15 meses de transição entre autocracia e democracia.

Em comparação, Tunísia e Egi­­to, que tiveram revoluções também neste ano, esperam cumprir o processo ainda durante esse semestre.

A vitória, porém, ainda não é completa. Até ontem noite no Brasil, o ditador Muamar Kadafi, 69 anos, controlava bolsões na cidade, incluindo um hospital, um quartel e um hotel. Insur­­gen­­tes admitiam ignorar o paradeiro do ditador.

É possível que Kadafi esteja em Sirte, sua cidade natal. A Otan (aliança militar ocidental) diz ter interceptado um míssil vindo da região.

"Vamos procurar embaixo de cada pedra", afirma Mahmud Na­­cua, representante dos rebeldes em Londres.

A insurgência diz ter planos de levar o ditador a julgamento. Há pedido de prisão contra ele emitido em junho pelo Tribunal Penal Internacional, com acusação de crimes contra a humanidade.

Barack Obama, presidente dos EUA, voltou ontem a dar declaração sobre a Líbia, dizendo que o tempo de Kadafi "está chegando ao fim".

O ditador não aparece em pú­­blico desde 12 de junho, quando foi fotografado jogando xadrez. Ele falou à população pela televisão, no fim de semana, mas apenas o áudio foi veiculado.

Boatos apontavam ontem para uma nova rodada de revezes à di­­tadura, sugerindo a morte de seu filho Khamis e do chefe de inteligência Abdullah al Senussi. As bai­­xas não foram confirmadas.

Rebeldes mantêm outros dois filhos do ditador presos, incluindo o herdeiro político, Saif al Is­­lam. Um terceiro filho já detido, Mohammed, fugiu da prisão do­­miciliar com a ajuda de tropas do governo.

Apesar da incerteza em relação à Líbia pós-Gaddafi, 35 países já reconheceram o governo rebelde, conhecido como Conselho Nacional Transitório (CNT), como o legítimo representante dos líbios.

Entre eles os Estados Unidos, a França, a Alemanha, a vizinha Tunísia e outros ci nco países árabes, além de uma potência regional, a Turquia.

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