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O procurador-geral do Equador, Francisco Cucalón, assegurou, nesta segunda-feira, que não renunciará ao cargo, apesar das críticas que recebeu. e disse que o recém-empossado presidente do Equador, Rafael Correa, tem uma atitude ditatorial por questionar sua nomeação. Cucalón, nomeado na última quinta-feira pela maioria dos deputados do Congresso opositores de Correa, afirmou, ainda, que não demitirá os funcinários do Ministério Público que não concordam que ele ocupe o cargo.

Se Correa impedir que tome posse da Procuradoria Geral em Quito, Cucalón afirma que, nesse momento, se quebra o estado de direito e se entra numa ditadura. No ano passado, ele foi destituído como agente fiscal, após ser acusado de envolvimento em um escândalo sobre tráfico de drogas.

Em entrevista à emissora de televisão Ecuavisa, disse que não lhe preocupa os protestos dos funcionários da Procuradoria e assegurou que,apesar das críticas, todos os funcionários do Ministério Público têm garantidos seus postos, a nível nacional.

Cucalón acrescentou que, como não pode se dirigir até seu escritório em Quito, amanhã exercerá seu cargo na cidade costeiro de Babahoyo, onde, segundo disse, se reunirá com todos os procuradores do país e com delegados das associações de funcionários.

No entanto, a Associação de Funcionários do Ministério Público, que mantém ocupadas as dependências em Quito, assegurou que o protesto será por tempo indeterminado e que somente será suspendo quando Cucalón estiver fora da Procuradoria.

O governo, antes da nomeação de Cucalón, advertiu à Câmara que acarretaria uma violação constitucional se nomeasse um procurador fora de uma lista de postulantes, que o Conseljo Nacional do Judiciário (CNJ) apresentará nos próximos dias. O Congresso decidiu nomear Cucalón, por considerar que o CNJ não apresentou a lista a tempo, por considerar que vários analistas afirmem que esta decisão faz parte da disputa pelo poder entre a Câmara, dominada por grupos de direita, e o governo do esquerdista Rafael Correa.

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