![Proibição de entrada de Obama e muçulmanos a loja causa indignação nos EUA | Instagram (SpaceFades)/Reprodução](https://media.gazetadopovo.com.br/2017/01/obama-k1id-u201385285888bsb-1024x569-2.0.2048472875-gpLarge.jpg)
“Obama e outros muçulmanos não são bem-vindos aqui”, diz o aviso na entrada de um mercado no sul dos Estados Unidos, que causou grande indignação em todo o país.
O dono da loja, situada na pequena cidade de Mayhill (estado do Novo México), já estaria colocando essas placas há quatro anos. Agora, chamou a atenção de um viajante, que alertou uma rede de televisão local.
Um ex-funcionário do estabelecimento disse à emissora KOB que seu antigo chefe já expulsou clientes que se mostraram ofendidos com a mensagem. “Isso já tem um bom tempo”, contou Marlon McWilliams. “Se você entra e se ofende, não pode entrar de novo. Já proibiu a entrada de muita gente”, completou.
McWilliams explicou que o dono do mercado dessa cidade chegou a vender cartazes contra o presidente Obama e contra outras figuras públicas.
Um deles dizia “Matem Obama” em letras garrafais e com a palavra “care” em tamanho menor logo abaixo.
“Obamacare” é o nome que recebe a reforma de Saúde promulgada por Obama, que deu cobertura médica a 20 milhões de americanos e que foi fortemente criticada pelo presidente eleito Donald Trump.
Essas mensagens polêmicas foram criticadas nas redes sociais, com muitos cidadãos, convocando um boicote à loja. Outros defenderam o direito à liberdade de expressão do dono desse comércio.
O dono da loja, que agora está à venda, não pôde ser contatado para dar sua versão.
Consultados pela AFP, funcionários de um hotel e de um café próximos preferiram não comentar o assunto.
O CAIR, uma organização de defesa dos muçulmanos nos Estados Unidos, pediu ao dono do estabelecimento que retirasse as placas.
“Embora todos tenham o direito pela Primeira Emenda [da Constituição] à liberdade de expressão, mesmo que seja ofensivo, exortamos ao dono que retire as placas pela decência comum e a unidade da nossa nação em um momento de divisões crescentes”, afirmou o porta-voz do CAIR, Ibrahim Hooper.
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