Os manifestantes tailandeses contrários ao governo parecem divididos quanto à manutenção ou não dos seus protestos nesta segunda-feira, diante de uma proposta do governo para pacificar o país, inclusive com a convocação antecipada de eleições.

CARREGANDO :)

Os "camisas vermelhas", seguidores do ex-premiê Thaksin Shinawatra, em geral de origens rurais e pobres, cancelaram entrevistas coletivas no domingo à noite e na segunda-feira de manhã, em meio a rumores de que seus líderes não estariam chegando a um acordo quanto à resposta a ser dada ao governo.

"O governo não demonstrou nenhuma sinceridade conosco", disse um dos líderes, Weng Tojirakarn, num palanque no local dos protestos. "Até agora não houve nenhuma resposta do governo a nenhum dos nossos pedidos, o que inclui suspender o estado de emergência antes de acabar os protestos."

Publicidade

Tiros e granadas mataram dois policiais e feriram 13 outros no fim de semana. Na segunda-feira, o primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva exigiu uma "resposta clara" à sua oferta, mas não disse como reagirá se a oposição não se manifestar.

As autoridades ainda enfrentam o dilema de como desalojar milhares de manifestantes, inclusive mulheres e crianças, do acampamento fortificado que se espalha por 3 quilômetros quadrados em um elegante bairro comercial de Bangcoc.

A Bolsa local subiu mais de 1% na segunda-feira, menos do que outros mercados asiáticos, que refletiram o otimismo com o plano da União Europeia para ajudar países endividados da zona do euro.

"Uma rejeição do plano será um revés para os esforços de paz com relação ao atual impasse político, e pode levar a uma redução dos fluxos estrangeiros para o mercado de ações", disse Sukit Udomsirikul, analista-sênior da Siam City Securities.

Suchada Kirakul, diretor do Banco Central, disse à Reuters que a Tailândia registrou uma saída de 800 milhões de dólares em capital externo na semana passada, mas acrescentou que a instabilidade política teve pouco impacto direto sobre o baht, a moeda local.

Publicidade