Mais de 200 automóveis já haviam sido incendiados na noite deste sábado, antes da meia-noite, na periferia de Paris. Vários edifícios públicos e escolas também foram queimados no décimo dia de transtornos na cidade.
No centro da capital francesa, perto da Praça da República, três carros foram danificados por artefatos incendiários, obrigando os bombeiros a agir, disse a Prefeitura.
De acordo com a polícia, os ataques se multiplicaram no restante do país, afetando mais cidades que na noite anterior, em que quase 900 carros foram queimados e mais de 250 pessoas foram presas.
Nas primeiras horas da noite, nos arredores de Paris, três escolas foram incendiadas na região de Essone, assim como um ginásio de 2 mil metros quadrados em Noisy-le-Grand (Seine-Saint-Denis), e um albergue juvenil em Villeneuve-Saint-Georges (Val de Marne). Em Seine-et-Marne, um caminhão foi queimado.
Em Corbeil-Essones, uma loja da rede McDonald's também foi atacada, mas não houve feridos. Nos bairros periféricos de Toulouse (Sudoeste), houve mais de 20 veículos queimados e em Lion (Sudeste) a polícia contabilizava quinze veículos incendiados.
A região do Norte era uma das mais afetadas pela violência urbana, com incêndios de carros em Lille (onde também foi queimado um ônibus), Roubaix, Tourcoing e Mons.
Em Marsella e em cidades da Costa Azul, como Cannes e Niza, onde os bombeiros foram apedrejados, também houve veículos queimados.
No Oeste e Noroeste, uma série de cidades foram atacadas também por esta onda de violência, com incêndio de carros e de latas de lixo em Rennes, Nantes, Rouen e Quimper.
O ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, havia se reunido durante a tarde com representantes das forças de ordem do país e determinou que eles agissem com "firmeza" em relação aos manifestantes.
Durante o dia, milhares de pessoas participaram de manifestações organizadas em alguns dos bairros mais castigados pela onda de violência para expressar sua insatisfação com esses atos e exigir a volta da tranqüilidade.