O Pentágono está encerrando por enquanto uma licitação de 35 bilhões de dólares para reabastecimento aéreo, deixando uma dor de cabeça de sete anos para a próxima administração e alimentando as esperanças da Boeing Co. de manter os aviões da Airbus fora da frota.
Robert Gates, secretário de Defesa norte-americano, disse ao Congresso que o Pentágono não vai atingir o objetivo de escolher entre as propostas de aviões-tanque da Boeing e da Northrop Grumman Corp até o dia 20 de janeiro, quando o presidente George W. Bush deixa o poder.
A Força Aérea dos Estados Unidos concedeu o programa de 35 bilhões de dólares para a Northrop e a EADS, parente da Airbus, rival da Boeing.
Mas o Gabinete de Responsabilidade Final do governo descobriu que a Força Aérea tinha cometido "erros significativos" ao avaliar as propostas e o Pentágono tentou reestabelecer a licitação. "Nos últimos sete anos, o processo ficou extremamente complexo e emocional - principalmente devido a erros e descompassos do Departamento de Defesa ao longo do caminho", disse Gates ao Comitê de Serviços Armados.
"Penso que, com o tempo que nos resta, não poderemos completar uma licitação justa e objetiva, neste ambiente pesado", completou.