O anúncio de vários responsáveis por sites de que publicarão no domingo pesquisas sobre as eleições presidenciais antes do fechamento dos colégios provocou uma grande polêmica, já que esta prática está proibida.

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Os administradores dos sites afirmaram que usarão servidores com sede no exterior para publicar as pesquisas e escapar assim das multas, que podem chegar a 75 mil euros.

A lei eleitoral francesa impede a publicação de pesquisas na véspera e antes das 20h no dia de votação, quando são fechados os colégios eleitorais, com o objetivo de não influenciar os eleitores indecisos.

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Além da polêmica gerada, a intenção dos responsáveis dos sites evidenciou a dificuldade que existe para aplicar a lei.

Antes do desenvolvimento da internet, a Comissão Nacional de Controle da Campanha, responsável por multar estas práticas, se viu confrontada com o desafio que representava a difusão de pesquisas nos dias eleitorais nas televisões dos países que fazem fronteira com a França, algumas delas visíveis em território francês.

A profusão de plataformas via satélite e a cabo que oferecem canais de todo o mundo agrava as coisas.

A difusão da internet, que chega a um em cada dois lares franceses, dificulta ainda mais o cumprimento da norma.

Os institutos demoscópicos têm dados de suas pesquisas até uma hora e meia antes do fechamento dos últimos colégios, dados que costumam circular entre a imprensa e nos quartéis-generais dos políticos, mas cuja difusão pública está proibida.

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Uma das empresas, a TNS Sofres, advertiu hoje que não devem ser considerados como seus os resultados publicados antes das 20h que sejam atribuídos a ela.