O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, comparou nesta segunda-feira a resolução do Conselho de Segurança da ONU, apoiando a ação militar contra a Líbia, à convocação medieval para as cruzadas.
Putin, no primeiro pronunciamento importante de um líder russo desde que a coalizão de países ocidentais começou os ataques aéreos contra a Líbia, disse que o governo de Muammar Gaddafi estava aquém da democracia, mas acrescentou que isso não justificava uma intervenção militar.
"A resolução é defeituosa e falha", disse Putin a trabalhadores em uma fábrica de mísseis balísticos da Rússia. "Ela permite tudo. É semelhante às convocações medievais para as cruzadas."
Putin disse que a interferência nos assuntos internos de outro país se tornou uma tendência da política externa norte-americana e que os eventos na Líbia indicavam que a Rússia deveria fortalecer seus próprios recursos de defesa.
A Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança com poder de veto, se absteve da votação de quinta-feira na qual o conselho autorizou uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia e "todas as medidas necessárias" para proteger civis contra as forças de Gaddafi.
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