O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, disse na quarta-feira que os responsáveis pelo atentado suicida desta semana num aeroporto em Moscou provavelmente não são chechenos, embora analistas e a imprensa apontem para militantes do Norte do Cáucaso.

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Ninguém assumiu a autoria da explosão de segunda-feira, que matou 35 pessoas e feriu cem, inclusive estrangeiros.

"Esse ato terrorista, segundo dados preliminares, não tem relação com a República Chechena," disse Putin a jornalistas.

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Putin, que em 1999 iniciou uma guerra contra separatistas chechenos, recusou-se a esclarecer seus comentários, que devem levar a especulações de que os autores do atentado vinham de outra região do Norte do Cáucaso, como Inguchétia e Daguestão, onde há insurgentes islâmicos.

O Kremlin diz ter tido sucesso em sufocar a rebelião na Chechênia.

Alexei Malashenko, especialista em Norte do Cáucaso no Centro Carnegie, em Moscou, disse que "sem dúvida" o atentado foi cometido por militantes islâmicos dessa região.

"Não posso imaginar alguém do Oriente Médio ou de Kaliningrado (oeste da Rússia) fazendo isso," disse ele à Reuters.

O jornal Moskovsky Komsomolets informou na quarta-feira que o mesmo grupo responsável pelo atentado já havia tentado sem sucesso cometer um ataque devastador em Moscou no último dia de 2010.

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Uma mulher-bomba pretendia se explodir perto da praça Vermelha, mas a bomba foi detonada acidentalmente por seu telefone celular, matando-a em seu apartamento, disse o jornal.

Separadamente, o presidente Dmitry Medvedev e Putin foram a igrejas ortodoxas na quarta-feira, dia de luto nacional na Rússia, enquanto as autoridades começaram a despachar os cadáveres das vítimas para seus lugares de origem, dentro e fora da Rússia.

O Kremlin disse que Medvedev demitiu um responsável regional dos transportes, Andrei Alexeyev, e determinou que o ministro do Interior, Rashid Nurgaliyev, instale sistemas de alerta mais eficientes em terminais de transporte.