O presidente russo, Vladimir Putin, disse que ainda há diferenças com os Estados Unidos a respeito das abordagens e avaliações sobre a crise na Ucrânia, após uma conversa por telefone com o presidente norte-americano, Barack Obama, na quinta-feira (6), informou o Kremlin.
Em comunicado nesta sexta-feira (7), Putin disse que o novo governo de Kiev, que assumiu em um golpe anticonstitucional, impôs "decisões absolutamente ilegítimas para as regiões leste, sudeste e a Crimeia".
"A Rússia não pode ignorar pedidos por ajuda neste tema e age de acordo, cumprindo totalmente a legislação internacional", disse Putin.
Obama pede solução diplomática para a Ucrânia
Durante o telefonema de cerca de uma hora com Putin, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu que seu contraparte russo aceite os termos de uma solução diplomática para a crise na Ucrânia.
Na segunda conversa deles por telefone em seis dias, Obama enfatizou a Putin que a incursão russa na Ucrânia era uma violação da soberania ucraniana e da integridade territorial do país, de acordo com a Casa Branca.
Durante a ligação, Obama delineou os termos de uma "saída" diplomática que as autoridades norte-americanas estão promovendo.
Os termos do acordo preveem que a Rússia recue as tropas para suas bases na Crimeia, permita que monitores internacionais acessem a região para garantir que os direitos dos russos sejam respeitados e consinta conversas diretas com autoridades da Ucrânia.
"O presidente Obama indicou que há uma maneira de resolver a situação diplomaticamente", disse a Casa Branca em um comunicado.
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