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fuga seria reflexo do ataque contra membros do alto escalão do regime sírio, em Damasco | AFP PHOTO/STR
fuga seria reflexo do ataque contra membros do alto escalão do regime sírio, em Damasco| Foto: AFP PHOTO/STR

Rebeldes sírios tomam bases de fronteira com Iraque e Turquia

Rebeldes sírios assumiram o controle do principal posto de fronteira com o Iraque em Abu Kamal nesta quinta-feira (19), disseram ativistas da oposição, no mesmo dia em que opositores do presidente da Síria, Bashar al-Assad, invadiram duas passagens fronteiriças com a Turquia.

O chefe do Observatório Sírio para Direitos Humanos, Rami Abdelrahman, disse que os rebeldes disseram-lhe que haviam enfrentado tropas do governo na manhã desta quinta-feira antes de tomarem o posto de controle na fronteira no leste do país, ao longo do rio Eufrates.

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Fontes de segurança do Líbano informaram nesta quinta-feira (19) que cerca de 20 mil sírios pediram refúgio no país desde a quarta-feira (18). Deste total, 6.200 somente entre às 6h e às 18h locais de quinta (0h e 12h em Brasília). A fuga seria reflexo do ataque contra membros do alto escalão do regime sírio, em Damasco.

Há cinco dias vários bairros de Damasco são palcos de intensos combates entre os rebeldes do Exército Sírio Livre (ESL) e o Exército regular, que realiza bombardeios com a ajuda de helicópteros.

Quarta-feira, um atentado em Damasco matou três dirigentes da Defesa síria, incluindo o cunhado do presidente Bashar al-Assad. Muitos feridos têm chegado de regiões vizinhas à procura de cuidados médicos no Líbano.

Caso as estimativas se confirmem, o número é mais da metade dos 30.183 sírios que passaram pela fronteira do Líbano durante os 16 meses do conflito, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). No entanto, militantes de direitos humanos dizem que o grupo seria maior. A maioria dos refugiados se encontra na região de Wadi Jaled, no norte libanês, onde aconteceram incursões do Exército sírio e várias mortes por disparos feitos do lado sírio da fronteira.

Cerca de 100 mil sírios se refugiaram em países vizinhos desde o início da rebelião, em março de 2011, de acordo com o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU. Além dos mais de 30 mil sírios que foram ao Líbano, 35.565 seguiram para a Turquia, 30.990 para a Jordânia e outros 6.483 no Iraque.

Em 16 meses de revolta popular contra o regime de Bashar al-Assad, 17.000 pessoas morreram em meio à violência na Síria, segundo uma ONG síria.

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