Quatro brasileiros morreram bombardeio israelense que matou dez pessoas de uma mesma família em uma aldeia no sul do Líbano nesta quinta-feira (13). Entre os brasileiros mortos estão duas crianças, Fátima Nour, de 4 anos, e o irmão dela, Ali, de 8 anos, nascidos em São Paulo. Eles eram filhos de brasileiros naturalizados também mortos. O consulado do Brasil em Beirute já foi comunicado e está tomando as providências necessárias. Até agora não há informações sobre se outros brasileiros foram vítimas dos ataques de Israel a várias localidades libanesas.

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Esta manhã os caças e destroyers israelenses destruíram várias pontes e aldeias libanesas. Quase todas as vítimas tiveram os corpos destroçados. Também foi morto um dirigente do Hezbollah. Ele estava no prédio da TV Al-Manar, que pertence à milícia libanesa.

O governo libanês convocou todos os embaixadores estrangeiros no país. O Líbano quer um esforço internacional para que Israel pare os ataques a alvos civis. No total 27 pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas nos ataques israelenses. A aviação de Israel também bombardeou o aeroporto internacional de Beirute e impôs um bloqueio naval. A medida seria uma forma de pressionar pela libertação de dois soldados israelenses seqüestrados pelo Hezbollah.

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O governo libanês pediu a interferência dos Estados Unidos, França e ONU para que Israel suspenda os ataques e o bloqueio marítimo e aéreo imposto ao país desde as primeiras horas desta quinta-feira. Dezenas de navios de guerra israelenses são vistos no mar libanês. Várias localidades continuam sendo bombardeadas.

Um dos principais alvos atacados nesta manhã foi o aeroporto internacional de Beirute. Duas pistas foram destruídas. Por questões de segurança, as autoridades libanesas fecharam temporariamente o aeroporto para pouso e decolagem. O tráfego aéreo foi desviado para outros aeroportos, especialmente o de Larnaca. Em represália, o Hezbollah anunciou ter disparado vários foguetes contra aeroportos no norte de Israel.

Israel disse nesta quinta-feira que seu navios estão em águas territoriais libanesas e bloqueia os acessos aos portos.

- Desde esta manhã (horário local) navios israelenses forçam um completo fechamento naval do Líbano, porque os portos libaneses são usados para transferir terroristase e armas para organizações terroristas que operam no país - disse um porta-voz militar.

A aviação israelense atacou uma base do Hezbollah em um subúrbio no sul de Beirute nesta quinta-feira, informaram testemunhas e uma fonte da segurança.

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Ainda não está claro qual foi o alvo do ataque na vizinhança de Haret Hreik que abriga escritórios do Hezbollah, informaram as fontes.

Ao amanhecer, helicópteros israelenses bombardearam localidades ao norte da cidade portuária de Tiro. Ao mesmo tempo, novos ataques atingiam a região de Nabatieh, no sul do país.

Uma mulher argentina foi morta quando foguetes Katyusha lançados pelo Líbano atingiram a cidade de Nahariya, no norte de Israel, nesta quinta-feira, informaram fontes médicas.

O serviço de ambulância Magen David Adom disse que uma mulher de 47 anos morreu quando um foguete atingiu sua casa na costa da cidade. Segundo o Exército, pelo menos dois mísseis atingiram Nahariya.

O grupo libanês Hezbollah disse que lançou 60 mísseis em Nahariya, no sul da fronteira com o Líbano. Segundo rádios locais, nove pessoas foram feridas no ataque a Nahariya.

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Pouco após o lançamento dos foguetes, a aviação israelense atacou Harat Hreik, nos subúrbios do sul de Beirute. O bairro abriga a sede da televisão Al-Manar, que pertence ao Hezbollah, disse a rede libanesa LBC. Por enquanto não há informações sobre vítimas do ataque.

As instalações da Al-Manar foram danificadas, principalmente suas janelas. Mas a emissora do Hezbollah continua transmitindo normalmente.

Na manhã de quarta-feira (horário local) oito soldados israelenses morreram no ataque do movimento radical xiita Hezbollah ao norte de Israel, informaram fontes militares israelenses e a rede de TV Al-Jazeera. Além disso, o Exército confirmou que a milícia libanesa capturou dois de seus soldados perto da fronteira. Em resposta, forças do Estado judeu invadiram o Sul do Líbano em busca de seus militares.

O Hezbollah, que é liderado por Hassan Nasrallah, anunciou que vai usar os militares capturados como moeda de troca por extremistas libaneses e palestinos detidos em Israel, e afirmou que o seqüestro de soldados é um "direito nacional".

- Esta operação vai libertar nossos detidos nas prisões israelenses. Estamos muito orgulhosos - disse Nabiha Baalbaki, que tem uma loja no Sul do Líbano e costuma assistir à emissora de TV do Hezbollah.Tal tipo de troca já aconteceu no passado.

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O chefe de Estado-Maior do Exército, Dan Halutz, está estudando a situação. As forças armadas israelenses responsabilizam o governo libanês pelo confronto.

O Hezbollah disparou foguetes contra o norte de Israel na manhã de quarta-feira (horário local) e o Exército israelense deu tiros de artilharia contra alvos da organização no Sul do Líbano.

Os libaneses dispararam granadas de morteiro e foguetes Katyusha contra várias localidades no norte de Israel, atingindo as cidades de Zarit, onde provocaram um incêndio, e Shtula.

O Exército israelense mandou os habitantes do oeste da Galiléia se refugiarem em abrigos antiaéreos.

O governo da Síria, que é acusado juntamente com o Irã de financiar o Hezbollah, disse que Israel mereceu o ataque e que apóia a exigência do grupo armado de que as tropas do Estado judeu deixem as Fazendas de Shabaa.

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O ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, disse nesta quarta-feira que seu país considera o governo libanês diretamente responsável pelo destino de dois soldados israelenses que o grupo guerrilheiro Hezbollah anunciou ter capturado.

"O governo libanês, que permite que o Hezbollah opere livremente contra Israel a partir de seu território soberano, será responsabilizado pelas conseqüências e ramificações (do ataque do outro lado da fronteira)", afirmou Peretz em um comunicado.

"Israel se considera livre para empregar quaisquer meios que julgar adequados, e o Exército foi instruído sobre isso", declarou, parecendo sugerir uma extensa resposta militar ao seqüestro, por parte de Israel.

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, disse que o ataque na fronteira lançado pelo Hezbollah era um ato de guerra do Líbano. Ele prometeu uma "ampla e dolorosa" resposta militar.

- É um ato de guerra do Estado do Líbano contra o Estado de Israel em seu território soberano. Já estamos respondendo com grande força. O gabinete vai se reunir hoje à noite para decidir sobre uma resposta militar pelas forças de defesa de Israel - afirmou Olmert.

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Israel começou a convocar as tropas de reserva nesta quarta-feira, em um sinal de uma possível campanha maior para recuperar os dois soldados seqüestrados, informou o Canal 10 da televisão israelense.

A emissora disse que uma divisão de infantaria de reserva havia sido mobilizada e que se previa que seria enviada à fronteira de Israel com o Líbano.