Mario Vargas Llosa, escritor e Prêmio Nobel de Literatura de 2010| Foto: Henry Romero/Reuters

O romancista peruano Mario Vargas Llosa, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 2010, a "revolução bolivariana" liderada pelo falecido presidente da Venezuela, Hugo Chávez, desaparecerá derrotada pela realidade que vive o país, que tem altos índices de criminalidade e corrupção, segundo sua coluna publicada ontem pelo jornal peruano La República.

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Segundo Llosa, "esse híbrido ideológico que Hugo Chávez maquinou, chamado revolução bolivariana ou socialismo do século 21, já começou a se descompor (...) E desaparecerá mais cedo que tarde, derrotado pela realidade concreta, a de uma Venezuela (...) a qual as políticas do caudilho deixam empobrecida, fraturada e inflamada, com a inflação, a criminalidade e a corrupção mais altas do continente".

Llosa assinalou na coluna intitulada "A morte do caudilho" que o fim de Chávez "põe um ponto de interrogação sobre a política de intervencionismo no resto do continente latino-americano que, em um sonho megalômano característico dos caudilhos, o comandante morto se propunha a tornar socialista e bolivariano".

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"O povo venezuelano parecia aceitar este fantástico desperdício contagiado pelo otimismo de seu caudilho, mas duvido que nem o mais fanático dos chavistas acredite agora que Nicolás Maduro possa chegar a ser o próximo Simon Bolívar", apontou o escritor.

Na opinião do autor, "a grande tarefa da aliança opositora comandada por Henrique Capriles está em convencer o povo que a democracia futura da Venezuela se livrará dessas taras que a afundaram".