A ONU informou nesta sexta-feira que vai armar uma operação para retirar provavelmente por mar milhares de estrangeiros que não conseguem deixar a capital da Líbia porque os rebeldes avançaram nos últimos dias, deixando Trípoli sitiada.
Os insurgentes em luta contra o líder líbio, Muamar Kadafi, transformaram o cenário da luta esta semana com vitórias que os levaram para mais perto da capital. Eles lançaram uma ofensiva a leste da capital, mas estão sofrendo pesadas baixas, segundo um repórter da Reuters que está acompanhando a linha de frente.
Nos últimos dias, os avanços dos rebeldes pelo oeste e sul de Trípoli cortaram as ligações rodoviárias entre a cidade e o mundo exterior e interromperam a linha de suprimentos das forças de Kadafi, deixando-o sob uma pressão sem precedentes em seus 41 anos no governo.
Num sinal de que os combates estão chegando mais perto do círculo de poder de Kadafi, o irmão do porta-voz que é a face pública do líder líbio foi morto num ataque de helicóptero da Otan, na praça central da cidade de Zawiyah.
Uma porta-voz da Organização Internacional para Migração, Jemini Pandya, disse que uma operação para remover milhares de egípcios e outros estrangeiros deve começar nos próximos dias.
"Estamos examinando todas as opções disponíveis, mas provavelmente terá de ser por mar", disse ela em entrevista à imprensa, em Genebra.
Mais de 600 mil estrangeiros, de um total estimado entre 1,5 milhão e 2,5 milhões de estrangeiros - na maioria trabalhadores provenientes da Ásia ou países da África - abandonaram a Líbia desde que há seis meses se iniciaram os combates.
No entanto, muitos ficaram em Trípoli, que até esta semana estava longe do conflito e a uma segura distância segura da fronteira tunisiana, onde se chegava de carro em duas horas.
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