Os rebeldes da Líbia disseram esperar retomar a produção de petróleo e, nesta quinta-feira, receberam a promessa de ajuda de 500 milhões de dólares, num momento em que potências ocidentais estão pressionando-os a fazer planos para o dia em que o líder líbio, Muamar Kadafi, for destituído do poder.
A Otan voltou a bombardear Trípoli. Enquanto isso, nações ocidentais e árabes se reuniram com os rebeldes em Abu Dhabi para focar no que uma autoridade dos Estados Unidos definiu como o "fim do jogo" para Kadafi.
Na Organização das Nações Unidas, a procuradoria do Tribunal Penal Internacional afirmou que seus investigadores encontraram provas conectando Kadafi com uma política de estupro de opositores.
No Congresso dos EUA, um grupo bipartidário propôs ao presidente Barack Obama o uso dos bens congelados do governo da Líbia para custear a ajuda humanitária para o povo líbio afetado pela guerra civil.
Os ataques aéreos da Otan a Trípoli foram retomados na quarta-feira à noite depois de um intervalo que se seguiu ao pior dia de bombardeios desde o início da campanha militar, em março. Novas explosões abalaram a capital na manhã desta quinta-feira.
O Ministro das Finanças e do Petróleo dos rebeldes, Ali Tarhouni, disse que a liderança baseada em Benghazi - no leste do país, que está sob controle dos insurgentes - espera reiniciar "logo" a produção de até 100 mil barris de petróleo por dia, sem especificar um cronograma. Ele pediu mais ajuda, imediatamente.
"Será um fracasso se não houver claro comprometimento financeiro", disse ele a repórteres. Nosso povo está morrendo...," disse.
O ministro de Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, declarou à Reuters que a Itália daria aos rebeldes ajuda de cerca de 400 milhões de euros (586,1 milhões de dólares) em dinheiro e combustível, tendo por base os bens líbios.
Essa promessa foi feita numa reunião do chamado grupo de contato para a Líbia, que inclui EUA, França e Grã-Bretanha, além de Estados árabes aliados, como o Catar, Kuweit e Jordânia. O grupo está pressionando os rebeldes a apresentarem um plano de governo, no caso de Kadafi deixar o cargo ou ser destituído.
"A comunidade internacional está começando a conversar sobre o que constituiria o jogo final disto", declarou a repórteres um alto funcionário dos EUA, a bordo do avião em que a secretária de Estado do país, Hillary Clinton, desembarcou em Abu Dhabi, na quarta-feira à noite.
"Isso obviamente incluiria algum tipo de arranjo de cessar-fogo e algum tipo de processo político... e, claro, a questão de Kadafi e talvez sua família é também uma parte-chave", disse a autoridade.
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