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Soldados em tanques da ONU em uma área das Colinas de Golã, ocupadas por Israel | REUTERS/Baz Ratner
Soldados em tanques da ONU em uma área das Colinas de Golã, ocupadas por Israel| Foto: REUTERS/Baz Ratner

Combatentes islâmico que capturaram dezenas de soldados de Fiji integrantes da força de paz da Organização das Nações Unidas nas Colinas de Golã, na semana passada, exigem que o grupo seja removido de uma lista da ONU de terrorismo e que seja paga uma compensação pelos militantes mortos em combate, disse o chefe do Exército de Fiji nesta terça-feira (2).

O brigadeiro-general Mosese Tikoitoga disse que foram ampliadas as negociações entre a Frente Nusra, ligada à Al Qaeda, e uma nova equipe de negociação da ONU agora na Síria.

"Os rebeldes não nos dizem onde nossos soldados estão, mas eles continuam a garantir que estão sendo bem tratados", disse Tikoitoga à imprensa em Suva. "Eles também nos garantiram que os estão deixando fora de áreas de combate."

Uma pesada luta irrompeu na segunda-feira (1º) entre o Exército sírio e rebeldes islâmicos perto de onde 45 soldados fijianos foram capturados. Vários de seus colegas capacetes-azuis das Filipinas escaparam após resistirem.

Guerra já dura três anos

A guerra civil na Síria, que já dura três anos, chegou à fronteira com o território sírio sob ocupação de Israel na semana passada, quando combatentes islâmicos conseguiram transpor um posto de cruzamento na fronteira que separada israelenses e sírios nas Colinas de Golã desde a guerra de 1973.

Os combatentes, então, avançaram contra os capacetes-azuis da ONU, uma força de pacificação que vem patrulhando a linha de cessar-fogo há 40 anos. Após o fijianos terem sido capturados na quinta-feira, mais de 70 filipinos passaram dois dias cercados em dois locais antes de chegarem a um lugar seguro.

A Frente Nusra, uma afiliada síria da Al Qaeda, diz que capturou os soldados porque a força da ONU protege Israel.

Tikoitoga afirmou que o grupo está exigindo o pagamento de uma compensação pela morte de três combatentes em confronto com as forças da ONU, assim como assistência humanitária ao povo de Ruta, um bastião do grupo nos arredores de Damasco, além da remoção da organização de uma lista da ONU de organizações terroristas.

"Recebemos a garantia da sede da ONU de que a ONU vai utilizar todos os seus recursos para garantir o retorno seguro de nossos soldados", disse o chefe do Exército fijiano.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos, que monitora a violência na guerra civil do país, disse que a Frente Nusra e combatentes aliados estava lutando contra forças do governo perto do cruzamento de Quneitra, na vila próxima de al-Hamiydiah.

A força de pacificação da ONU na área, conhecida como Undof, inclui 1.223 soldados vindos da Índia, Irlanda, Nepal e Holanda, assim como os fijianos e os filipinos que foram atacados na semana passada.

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