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As iniciativas de reconhecimento do Estado palestino que não exijam como condição a negociação com Israel não favorecem o processo de paz no Oriente Médio, advertiu nesta segunda-feira um funcionário do alto escalão do governo israelense.

Yosef Kuperwasser, diretor-geral do Ministério de Assuntos Estratégicos de Israel, opinou que nestes momentos, à revelia de um acordo palestino-israelense, o reconhecimento da Palestina como estado não incitaria os palestinos a negociar um acerto final com Israel.

"A principal razão pela qual fracassaram as tentativas anteriores foi a recusa palestina a reconhecer Israel como o estado do povo judeu", declarou Kuperwasser em uma conversa com um grupo de jornalistas espanhóis.

E os palestinos preferem seguir uma via unilateral rumo à criação de seu estado, porque isso não os obriga a pagar o preço de ter de reconhecer Israel, argumentou.

O funcionário não quis se pronunciar em especial sobre o debate que o parlamento espanhol realizará na terça-feira em torno de um projeto de lei que o PSOE, principal partido da oposição, apresentará sobre o reconhecimento da Palestina.

De forma geral, ele pediu aos europeus que influam sobre os palestinos para que aceitem Israel como estado judeu.

"A bola está no campo palestino", acrescentou, alegando que os vizinhos deveriam dar o passo para destravar as negociações de paz.

Em relação à grande "batalha existencial" que, segundo sua opinião, ocorre no Oriente Médio entre muçulmanos "pragmáticos" e "radicais", ele disse que não deve ser perdido de vista o desafio-chave, que é não permitir que o Irã tenha acesso a armas nucleares.

"Já vimos do que os radicais são capazes, imagine com uma bomba atômica", declarou.

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