Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
México

Reconstituição de mulher pré-histórica sugere migrações à América

Reconstituição de mulher que viveu no Caribe ajuda a entender migrações asiáticas para a América | Divulgação/ Instituto Nacional de Antropología e Historia
Reconstituição de mulher que viveu no Caribe ajuda a entender migrações asiáticas para a América (Foto: Divulgação/ Instituto Nacional de Antropología e Historia)
Ossada de

1 de 1

Ossada de

A reconstituição científica de um dos mais antigos conjuntos de restos humanos encontrados nas Américas parece apoiar teorias de que as primeiras pessoas que vieram para o Hemisfério Ocidental migraram de uma área mais ampla que uma vez se pensava, disseram pesquisadores.

O Instituto Nacional de Antropologia e História do México reconstituiu a imagem de uma mulher, a partir do esqueleto, que provavelmente viveu na costa caribenha do México em algum período entre 10 mil e 12 anos mil atrás. Na reconstituição, a mulher parece ter estatura baixa, olhos cheios de vida e cabelo ligeiramente cinza.

Os antropólogos têm acreditado há bastante tempo que os humanos migraram para as Américas num período relativamente curto, de uma área limitada no noroeste da Ásia, através de um corredor terrestre temporário de gelo que existiu no Estreito de Bering entre a Sibéria e a América do Norte, durante a última Era Glacial.

Mas Alejandro Terrazas, arqueólogo do governo mexicano, diz que o quadro agora ficou mais complicado, porque a reconstituição da mulher no computador mostra uma semelhança maior com populações do Sudeste Asiático, como da Indonésia, que da Sibéria.

"A história não é assim tão simples", disse Terrazas. "Isso indica que as Américas foram povoadas por vários movimentos migratórios, não apenas uma ou duas ondas do norte da Ásia através do Estreito de Bering".

Ripan Malhi, professor assistente de antropologia na Universidade de Illinois (EUA), disse que "usar reconstituições faciais para determinar a ancestralidade de um indivíduo não é algo tão forte como usar DNA antigo para determinar a ancestralidade do indivíduo, porque o ambiente pode influenciar os traços da face".

"Todas as evidências genéticas atualmente disponíveis indicam o Noroeste da Ásia como a principal origem dos nativos americanos", disse Malhi.

Contudo, ocorreram poucas oportunidades de usar DNA ou outros métodos para identificar as origens dos primeiros habitantes das Américas, porque apenas poucos esqueletos de 10 mil anos atrás foram conservados intactos ou quase inteiros.

Os restos mortais da mulher que viveu onde hoje é o México são conhecidos como "La Mujer de las Palmas". Os restos mortais foram encontrados em 2002 numa caverna perto do resort caribenho de Tulum. Como a água inundou a caverna onde a mulher morreu ou onde seu corpo foi deixado, o esqueleto estava 90% intacto. Arqueólogos e antropólogos calcularam que ela tinha entre 44 e 50 anos quando morreu, tinha 1,52 metro de altura e pesava cerca de 58 quilos.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.