A região central da Itália, atingida por um terremoto no início do mês, precisará de pelo menos US$ 16 bilhões para ser reconstruída, informou o ministro de Interior, Roberto Maroni. Especialistas avaliavam hoje os prejuízos, inclusive nas construções ainda de pé. Promotores italianos investigam denúncias de construções de baixa qualidade, um fator apontado como responsável por muitas das 294 mortes. Maroni divulgou a estimativa para a reconstrução em uma emissora de televisão estatal. Funcionários locais afirmaram que a estimativa do ministro era crível.
O terremoto de magnitude 6,3 na escala Richter, ocorrido na segunda-feira passada, danificou ou derrubou dezenas de milhares de construções. Das 1.467 construções avaliadas até segunda-feira, 53% foram consideradas habitáveis, enquanto o resto estava pelo menos temporariamente inabitável, segundo a Defesa Civil. O terremoto desalojou 55 mil pessoas, incluindo 33 mil que estão vivendo em tendas.
Funcionários disseram que planejam retirar as pessoas dessas tendas antes do início do próximo inverno, em dezembro, época bastante fria na montanhosa região de Abruzzo. Nem todas as 55 mil pessoas perderam suas casas. Muitas saíram delas temendo novos tremores. Entre as soluções estudadas estão transferir as pessoas que estão em tendas para edifícios que já estavam vazios antes do terremoto, ou construir casas pré-fabricadas
Nos próximos dias, o governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi deve aprovar medidas para a recuperação da área. Entre elas pode haver novos impostos, para financiar o esforço de reconstrução. Berlusconi deve liderar uma reunião do gabinete simbólica em L'Aquila, na próxima semana, como mostra do contínuo compromisso do governo. Até agora, foram aprovados subsídios para famílias e empreendedores e suspensos pagamentos de hipotecas e empréstimos até o fim do ano
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