Sobreviventes do terremoto pegam alimentos em um supermercado destruído, em Concepción: ajuda começa a chegar, mas ainda faltam comida e barracas| Foto: Jose Luis Saavedra/Reuters

Concepción se habitua à rotina de cidade sitiada

Atemorizada pelas constantes réplicas do devastador terremoto do último sábado e pela onda de vandalismo que ele disparou, a segunda maior metrópole chilena se habitua a uma rotina de cidade sitiada.

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Construções

Quatro prédios de apartamentos na capital devem ser demolidos

Agência Estado

Os prédios de apartamento na capital chilena, Santiago, sofreram estragos relativamente menores feitos pelo forte terremoto que atingiu o país no sábado. Apesar disso, autoridades locais informaram que quatro edifícios precisarão ser demolidos.

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A reconstrução do Chile após o terremoto e o tsunami ocorridos no sábado levará pelo menos três anos, estimou ontem a presidente Michelle Bachelet. Segundo ela, o país precisará de ajuda in­­ternacional.

"Há áreas rurais onde tudo foi para o chão... a infraestrutura foi destruída", notou a presidente. "Milhares de chilenos perderam não apenas suas pessoas queridas, mas suas casas e pertences, enquanto algumas empresas sofreram perdas significativas."

O terremoto fez com que a economia do país ficasse "seriamente comprometida", segundo relatórios divulgados pelo governo. O crescimento do país deve ser de 1% em 2010 – a previsão inicial era de 4%.

A presidente viajou na manhã de ontem para as cidades de Talca e Concepción, que estão entre as mais afetadas pelo terremoto, para verificar a entrega de ajuda humanitária às centenas de milhares de vítimas. O governo tem sido criticado pela demora na distribuição de ajuda.

Em muitas cidades atingidas pelo tremor, onde foram restabelecidos parcialmente os fornecimentos de água e luz, há maior tranquilidade durante a noite, graças ao toque de recolher im­­posto desde domingo para conter a onda de saques.

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Uma ponte aérea estabelecida com a região dos sul do país, onde residem cerca de 80% da população chilena, vai transportar 320 toneladas de alimentos e barracas. Um barcaça da armada está distribuindo 270 toneladas de ajuda a localidades costeiras onde é difícil se chegar por terra.

Bachelet comentou que no domingo reuniu-se com o presidente eleito Sebastián Piñera, que assume dentro de uma se­­mana, para coordenar a transição do poder e para que as novas autoridades fiquem cientes da realidade da catástrofe e das me­­didas tomadas.