Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
argentina

Reduto dos Kirchner na fronteira vive clima de pesar

Foz do Iguaçu - Reduto peronista, a pequena Puerto Iguazú, na fronteira com Foz do Iguaçu, amanheceu em clima de luto pela morte do ex-presidente Néstor Kirchner. Por ordem do governador da Província (estado) de Missiones, Maurice Gloss, on­­tem as aulas foram suspensas nos colégios e as repartições públicas não abriram em to­­das as cidades da província. A medida foi tomada para facilitar a participação da população no velório em nas ho­­me­­nagens a Kirchner. Ban­­dei­­ras mantêm-se a meio mas­­tro até hoje.

A morte do ex-presidente mexeu com os argentinos da fronteira. O professor do ensino fundamental, José Benitez, 61 anos, é um dos que lamentaram a perda. Ao falar com a reportagem, Benitez fez um discurso pró-Kirchner e disse temer o futuro da Argentina sem o ex-presidente ao lado de Cristina. "Estou consternado porque Cristina é uma fortaleza, mas agora pode cair". Para o professor, o casal K, como é conhecido no país vizinho, tem méritos porque enfrentou as mazelas do capitalismo, o monopólio da mídia e os grandes produtores rurais.

Para o taxista Hermínio Gi­­menez, 46 anos, a morte de Kirchner é uma perda grande para o país. "Ele foi um dos melhores presidentes após a era Alfonsín", afirma.

Na opinião de Gimenez, será difícil para Cristina go­­vernar sem o apoio do marido. O taxista ain­­da considera o momento político na Argen­­tina complicado e de uma "in­­certeza total".

Puerto Iguazú, com cerca de 40 mil habitantes, tem uma tradição de administração municipal peronista. Além do prefeito, atualmente seis dos sete vereadores são alinhados ao peronismo.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros