Rebeldes colombianos divulgaram um vídeo de cinco integrantes das forças de segurança sequestrados pedindo que o governo faça um acordo com os guerrilheiros para sua libertação, informou a mídia local.
Os quatro policiais e um soldado estão entre os 22 integrantes das forças de segurança do país mantidos pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Financiadas pela venda de cocaína, as Farc combatem o Estado há quatro décadas.
"Quero dizer ao presidente Alvaro Uribe e aos candidatos presidenciais Juan Manuel Santos, Antanas Mockus e ao restante que a negociação com os grupos insurgentes devem colocar um fim aos sequestros", disse o sargento José Libio Martinez num vídeo mostrado numa estação de tevê local na noite de domingo.
"Nós, como vítimas de sequestro, assinamos com nosso sangue, lágrimas e sofrimento", afirmou Martínez, sequestrado em 1997.
Combatidas por uma ofensiva apoiada pelos EUA desde que Uribe assumiu poder em 2002, as Farc querem fazer uma troca de reféns por rebeldes que estão presos. O grupo enviou o vídeo à senadora da oposição Piedad Córdoba, encarregada de mediar a libertação dos reféns.
Os dois candidatos a substituir Uribe na Presidência - Santos, ex-ministro da Defesa, e Mockus, candidato independente - disputarão o segundo turno das eleições em 20 de junho, mas ambos rejeitam qualquer possibilidade de acordo com grupos armados ilegais.
Os sequestrados pareciam estar em boa saúde, vestiam camisetas e estavam diante de lençóis para esconder sua locação. As provas de vida em vídeo em geral são produzidas antes da libertação de reféns.
As famílias dos sequestrados choraram e comemoraram ao ver seus entes queridos vivos, mostrou um canal de TV local.
"É a prova de que meu pai está vivo", disse Johan, filho de Martínez, que nasceu com o pai já no cativeiro. "Ele continua lutando por sua liberdade como eu continuo lutando pela liberdade do meu pai."
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