Além de escolherem o próximo presidente e os futuros deputados e senadores do país, os bolivianos de cinco departamentos e da província Gran Chaco decidem neste domingo (6) se aprovam ou não que os governos destas localidades tenham maior autonomia em relação La Paz.

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O referendo também acontece em 12 cidades que poderão ser transformadas em territórios indígenas caso seus habitantes aprovem o processo autonômico que, atualmente, conta com o apoio do atual presidente, Evo Morales - apontado pelas pesquisas como favorito para vencer a eleição presidencial.

Se instituída conforme estabelece a nova Constituição boliviana (aprovada em fevereiro deste ano), a autonomia departamental permitirá que os governos de Oruro, La Paz, Cochabamba, Chuquisaca e Potosí criem e fiscalizem a aplicação de leis próprias. Além disso, concede maior independência administrativa e financeira aos departamentos.

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O empenho de Morales em favor da proposta de maior autonomia a esses departamentos assinala uma reviravolta política, ocorrida com a aprovação da nova Constituição. Até então, o presidente era contrário autonomia, aprovada pelos eleitores dos departamentos mais ricos (Santa Cruz, Beni, Pando e Tarija).

Na época, Oruro, La Paz, Cochabamba, Chuquisaca e Potosí se opuseram proposta. Hoje, segundo pesquisas divulgadas pela imprensa boliviana, esses mesmos departamentos votarão sim, ou seja, pela maior autonomia local, conforme defende Morales.

O próprio governador de La Paz, Pablo Ramos, disse hoje Agência Boliviana de Informações estar seguro de que a maioria dos eleitores aprovará a proposta, assegurando que a autonomia permitirá o progresso departamental.

Uma nova eleição para a escolha das autoridades departamentais está marcada para ocorrer em abril de 2010 nos departamentos em que o sim for maioria.

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