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Washington – Os 207 referendos dos quais os eleitores norte-americanos de 37 estados participaram junto com a eleição legislativa mostram um país bem mais dividido que o da vitória democrata. Muitas medidas apresentadas pelos republicanos mais conservadores foram amplamente aprovadas em diversos estados. Sete estados votaram pela proibição do casamento gay e três rejeitaram o uso medicinal e a descriminalização do porte de maconha.

Por outro lado, os democratas venceram os seis referendos em que propuseram o aumento do salário mínimo, ao qual os conservadores se opõem. A proibição do aborto em qualquer circunstância foi derrotada na Dakota do Sul. A pesquisa com células-tronco embrionárias humanas, que teve campanha do ator Michael J. Fox, que sofre do mal de Parkinson, foi aprovada no Missouri.

A realização de referendos no mesmo dia das eleições é uma estratégia dos dois partidos, que buscam motivar o eleitorado a sair de casa para votar. "Apesar do resultado das eleições, os temas da guerra cultural estão muito vivos. A direita religiosa continuará a lutar por sua agenda’’, diz Rob Boston, diretor da ONG Americanos Unidos para a Separação da Igreja e do Estado.

Ainda assim, com a derrota dos republicanos, muitos vêem os resultados eleitorais como o início de uma transformação.

"Acho que é em breve veremos o fim do uso de propostas contra os gays pelos conservadores como alavanca eleitoral’’, estima o historiador James Green, da Universidade Brown, que é ativista de grupos homossexuais.

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