O regime do presidente sírio Bashar al-Assad não tem espaço na futura Síria, afirmou neste sábado (29) o presidente do Egito, Mohamed Mursi, reiterando a oposição de seu país a uma intervenção militar na Síria, onde o conflito de 21 meses já deixou 45.000 mortos.
"Não há espaço para o atual regime na futura Síria", declarou Mursi no Senado, insistindo na importância de "preservar a unidade do território sírio em sua totalidade".
O presidente egípcio também expressou "oposição a qualquer intervenção militar na Síria, que agravaria a crise para o povo sírio".
Mursi disse preferir a busca de uma "solução política com um apoio e um consenso árabe, regional e internacional".
"O fim do banho de sangue sírio e a volta dos refugiados sírios a sua pátria mãe são prioridades para o Egito", completou Mursi, cujo país abriga quase 150.000 refugiados sírios, segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).
"A Síria estará unida, livre e independente, e ninguém, a não ser os representantes legítimos do povo sírio, falará em seu nome", completou.
O Egito não reconheceu como representante legítimo do povo sírio a coalizão de oposição formada em novembro em Doha.
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