O embaixador americano na ONU, John Bolton, disse nesta segunda-feira que a República Islâmica vai continuar existindo no Irã e poderá melhorar suas relações com os EUA se desistir de ter armas nucleares. Ele insistiu posteriormente, porém, que isso não significa uma ameaça de mudança de regime caso os aiatolás se recusem a seguir as recomendações.

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Falando em reunião da entidade humanitária judaica B'nai B'rith Internacional, Bolton citou o fato de na semana passada Washington ter restabelecido relações com a Líbia, em recompensa por Trípoli ter desistido de armas de destruição em massa, e afirmou que os líderes do Irã têm à disposição "uma escolha clara" semelhante.

- Este é um sinal aos governantes em Teerã de que, se eles abandonarem seu tradicional apoio ao terrorismo e desistirem da busca por armas de destruição em massa, o regime deles pode continuar existindo e eles podem ter uma relação diferente com os Estados Unidos e o restante do mundo - disse ele.

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Pressionado posteriormente por jornalistas, ele afirmou que essa declaração não significa que os EUA vão tentar mudar o regime do Irã se o país não abandonar o enriquecimento de urânio, visto pelo Ocidente como um caminho para a obtenção de armas nucleares - o que Teerã nega.

- O que foi dito é que, se você fizer como a Líbia fez, a mesma coisa vai acontecer. A estratégia do 'regime fica' está seguindo o exemplo líbio.

O que é "redondamente equivocado", segundo ele, é o argumento de que uma resolução da ONU contra o programa nuclear iraniano, defendida por potências ocidentais, seria "uma desculpa para usar a força para uma mudança de regime ou algo assim".

Com apoio americano, Grã-Bretanha, França e Alemanha estão propondo um pacote de incentivos para convencer Teerã a restringir seu programa nuclear, ao lado de ameaças caso isso não ocorra.

- Eu já disse provavelmente mil vezes que o exemplo da Líbia está aí para Coréia do Norte e Irã verem, e é isso que eu sempre disse e nunca foi diferente - afirmou Bolton.

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