O governo da Síria criticou nesta quinta-feira (11) a estratégia do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para lutar contra o grupo radical Estado Islâmico (EI), ao considerar que Washington "não é sério" na luta contra o terrorismo.
Em comunicado publicado na agência de notícias oficial síria Sana, o regime de Bashar al Assad qualificou de "contraditórias" as políticas de Obama, já que ao mesmo tempo em que autoriza os bombardeios contra o EI está disposto a armar a oposição síria, à qual Damasco classifica de "terrorista".
Desta maneira, as autoridades sírias reagiram ao discurso pronunciado na noite de quarta-feira por Obama, que anunciou que seu país atacará o EI na Síria e ampliará sua campanha no Iraque, com uma ofensiva "implacável" para destruir o grupo "seja onde for".
O presidente americano também se comprometeu a treinar a oposição síria como aliado-chave em sua campanha.
Na nota, divulgada pela agência de notícias "Sana", o regime opinou que "a oposição 'moderada', como Obama a descreve, não são mais que criminosos como os terroristas do EI".
"Por suas políticas e atitudes contraditórias, Washington está demonstrando que não é sério na luta antiterrorista. Por um lado, declara guerra como parte dela (a luta antiterrorista), e por outro pede para armar a outra parte", lamenta o texto.
O regime sírio ressaltou que as políticas dos EUA, que, na sua opinião, patrocinaram o terrorismo na região e na Síria, representam o principal obstáculo para achar uma solução clara para a crise regional.
Queixou-se que o governo americano diz que vai lutar contra o terrorismo e ao mesmo tempo ordena a seus serviços secretos enviar dinheiro e armas aos "terroristas internacionais que se infiltram de Turquia, Jordânia e Líbano para combater e expandir o caos na Síria".
Até agora, o comunicado da "Sana", que costuma refletir os pontos de vista das autoridades, é a única reação do regime sírio ao plano de Obama.
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