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Cinco das nove capitais departamentais (estaduais) da Bolívia estavam paralisadas nesta terça-feira, obedecendo a uma convocação dos líderes opositores, que buscam mostrar força contra o governo. No dia 10, um referendo ratificou o presidente Evo Morales e os cinco governadores oposicionistas no cargo.

"É uma paralisação tranqüila e total", declarou o presidente do Comitê Cívico de Santa Cruz, Branko Marincovik. O porta-voz presidencial, Iván Canelas, disse em Cochabamba que o governo "espera respostas", e que o diálogo com a oposição está aberto. Nas primeiras negociações, realizadas na semana passada, não houve consenso.

Em Santa Cruz, a paralisação era generalizada. O comércio, o sistema bancário, os mercados, escritórios públicos e privados fecharam suas portas. Tampouco havia transporte público e a circulação de veículos era reduzida.

Jovens de um grupo de choque intitulado Unión Juvenil Cruceñista patrulhavam as ruas, vários deles portando paus. Não havia patrulhas policiais.

A paralisação também se realizava nos Estados de Beni, Pando e Tarija. Os governos dessas quatro regiões querem mais autonomia, em desacordo com o governo de Evo.

Também aderiu ao protesto Chuquisaca, no sul, governado pela opositora Savina Cuéllar. Nas cidades menores a paralisação era menos sentida.

O presidente foi ratificado no cargo com 67% dos votos, no referendo revogatório do dia 10. Em seguida, Evo anunciou que pretendia levar a cabo seu plano de reformas, que inclui um novo projeto constitucional com algumas tendências estatizantes e que concede maior poder aos indígenas. As informações são da Associated Press.

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