A Agência de Padrões Alimentícios do Reino Unido (FSA, sigla em inglês) informou ontem que encontrou traços de DNA de cavalo na carne usada pela rede de comida mexicana Taco Bell em suas filiais em território britânico.
A adulteração foi detectada em um teste feito pelo órgão na carne moída usada para fazer o Ground Beef, um dos pratos da rede de restaurantes, de propriedade americana. A prova foi feita junto com outros 5.430 produtos.
Além do Taco Bell, foram encontrados traços de carne de cavalo no espaguete à bolonhesa da empresa de comida congelada Birds Eye e nos espetinhos da fornecedora de alimentos Brakes.
A rede de restaurantes mexicana emitiu um comunicado em que pediu desculpas aos clientes e disse que retirou do mercado todo o estoque de carne moída com DNA de cavalo. Segundo a empresa, o estoque veio de um fornecedor na Europa, que não foi mencionado.
A companhia também afirmou que foi feito um teste independente após a notificação, que detectou a presença da carne de cavalo. As outras duas empresas também retiraram seus produtos do mercado.
Escândalo
A descoberta de carne de cavalo nos tacos do Taco Bell acontecem em meio ao escândalo provocado pela presença de DNA equino em amostras de carne bovina em diversos países da Europa.
O escândalo, que começou no mês passado na Irlanda e rapidamente se espalhou por toda a Europa, levou à retirada de alimentos prontos das prateleiras dos supermercados e abalou a confiança da população em relação à comida servida em seus pratos.
Além disso, levantou dúvidas e preocupações sobre a identificação de alimentos e a complexa cadeia de abastecimento da União Europeia (UE), pressionando os governos a dar explicações sobre os lapsos em controle de qualidade.
No mês que se seguiu ao primeiro caso de carne de cavalo na Irlanda, não há notícia de que ninguém tenha ficado doente por ter comido carne de cavalo, mas muitos supermercados e redes de fast food também vêm lutando para manter sua reputação.
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