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Em mais uma medida para apertar o cerco contra a imigração, o governo britânico anunciou ontem planos de reprimir empresas que contratam ilegais, com foco nos setores de construção, limpeza e atenção domiciliar. Uma série de inspeções começará em setembro.

O secretário de Estado de Imigração, James Brokenshire, prometeu usar toda a “força da máquina do governo para atingir os empregadores a partir de todos os ângulos” e “acabar com a vantagem injusta daqueles que oferecem emprego a imigrantes ilegais”.

Brokenshire criticou companhias que não checam se seus funcionários estão legalmente autorizados a viver no país. “Empregadores desonestos que dão empregos a imigrantes ilegais estão negando trabalho a cidadãos do Reino Unido e a imigrantes legais e ajudando a reduzir os salários”, disse. “A experiência nos diz que os empregadores que burlam regras de emprego também são suscetíveis a violar as regras de saúde e de segurança e a pagar imposto insuficiente”.

Na semana passada, Londres anunciou uma norma que obriga proprietários de imóveis a expulsarem de suas casas imigrantes ilegais, sem necessidade de autorização judicial e sob ameaça de sanções que incluem até cinco anos de prisão.

Com as novas medidas, o governo do conservador David Cameron tenta projetar uma imagem de firmeza diante das críticas recebidas pela gestão da crise migratória de Calais, na França. Todas as noites, centenas de imigrantes invadem o terminal francês do Eurotúnel em busca de chegar ao território britânico pelo Canal da Mancha.

No fim de semana, o ministro das Relações Exteriores, Philip Hammond, foi acusado de alarmismo depois de advertir que milhões de imigrantes africanos “saqueadores” representam uma ameaça à qualidade de vida e à estrutura social da União Europeia.

Ajuda financeira

A Comissão Europeia aprovou ontem 2,4 bilhões de euros em ajuda, ao longo de seis anos, para países como Grécia e Itália, que vêm recebendo um grande número de imigrantes do Oriente Médio e da África. Parte da ajuda será encaminhada para as autoridades francesas e britânicas que enfrentam a crise em Calais.

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