Geoffrey Kabaservice, historiador e consultor republicano, acredita que Donald Trump não conseguirá unir o partido e que isso pode até resultar no surgimento de uma nova legenda formada por conservadores que não o aceitam.
Parcialmente. Alguns que se opunham a ele poderão apoiá-lo por fidelidade partidária, ou por medo de Hillary. Mas muitos conservadores o rejeitam porque é um populista, não um conservador, e alguns estão falando sobre criar um terceiro partido conservador para se opor a Trump e a Hillary. E, além disso, muitos republicanos moderados têm medo de Trump, por não considerá-lo qualificado.
Trump terá a mais alta taxa de rejeição entre candidatos presidenciais da História moderna nos EUA. Ele terá um desafio complicado para conquistar o eleitorado que ofendeu: hispânicos, afro-americanos, asiáticos, mulheres, muçulmanos, imigrantes e pessoas com deficiência. Não está claro como poderia apelar para esses grupos sem afetar a imagem que construiu. E terá pouca margem de atração dos votos de tendência democrata.
Não vejo grandes lideranças republicanas apoiando Hillary. Mas Trump não atraiu muitos endossos de republicanos do Congresso ou outros figurões do partido. Ele também tem pouco atrativo para grandes corporações, doadores bilionários ou super-PACS (comitês de doações), normalmente a principal fonte de financiamento das campanhas presidenciais republicanas. Muitos doadores dedicarão recursos para tentar proteger a maioria republicana na Câmara e no Senado.
Hillary seria considerada uma candidata presidencial fraca pelos padrões históricos. Mas esta não é uma eleição típica. Assim, a relativamente alta rejeição de Hillary não importa muito diante da de Trump, ainda maior. Analistas, hoje, apontam que Trump tem apenas 29% de chances de ganhar a Presidência.
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