Helen Thomas foi repórter na Casa Branca desde o Governo de John F. Kennedy, em 1961| Foto: Reuters
Helen Thomas aparece em fotografia tirada durante condferência com o então presidente Lyndon B. Johnson, em 1968
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A veterana correspondente da Casa Branca Helen Thomas, que cobriu todos os presidentes dos Estados Unidos desde John F. Kennedy (1961-1963), inesperadamente anunciou sua aposentadoria nesta segunda-feira em meio a uma avalanche de críticas sobre suas polêmicas declarações sobre Israel.

A saída de Thomas, de 89 anos, como uma colunista dos jornais Hearst foi anunciada após ela ser filmada afirmando que israelenses deveriam "dar o fora da Palestina" e sugerindo que eles fossem "para casa" na Alemanha, Polônia e os Estados Unidos.

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Os comentários provocaram diversas críticas, inclusive da Casa Branca, e fez com que Thomas fosse expulsa de sua agência de relações públicas. A Associação dos Correspondentes da Casa Branca classificou as declarações como "indefensáveis".

Thomas, considerada a reitora dos jornalistas que cobrem a Casa Branca, se desculpou por seus comentários, gravados amadoramente em entrevista de 27 de maio, e divulgados em um site na Internet (www.rabbilive.com).

"Helen Thomas anunciou nesta segunda-feira que ela está se aposentando", informou o serviço de notícias Hearst. "A decisão dela ocorre após suas declarações polêmicas sobre Israel e palestinos que foram capturadas em vídeo e amplamente divulgadas na Internet".

O anúncio da Hearst foi feito após o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, ter considerado as falas "ofensivas e censuráveis".

Thomas não compareceu ao briefing da Casa Branca de segunda-feira, onde ela tinha um assento reservado no centro da primeira fileira.

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A jornalista divulgou um comunicado no fim de semana no qual disse: "Eu me arrependo profundamente dos meus comentários feitos na semana passada sobre os israelenses e palestinos. Eles não refletem minha crença de coração de que a paz chegará ao Oriente Médio somente quando todos os lados reconhecerem a necessidade de respeito mútuo e tolerância. Que este dia chegue logo".