Pelo menos duas pessoas foram mortas a tiros na Síria, enquanto as autoridades tentavam dispersar pequenas manifestações que ocorreram em diversas cidades depois das preces de sexta-feira, disseram ativistas e grupos de direitos humanos ao jornal The Wall Street Journal.

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Os protestos nos últimos três dias são a primeira expressão aberta de inquietação no país, um dos mais autoritários do Oriente Médio. Antes disso, a Síria não tinha registrado as manifestações que aconteceram em boa parte da região. Os distúrbios representam o mais sério desafio ao presidente Bashar al-Assad desde que ele herdou o poder de seu pai, Hafez, em 2000.

Os choques com as forças de segurança aconteceram na cidade de Deraa, no sul da Síria, onde tiveram lugar as maiores demonstrações contra o regime. As afirmações de ativistas de que havia centenas de manifestantes não puderam ser verificadas. Cidades com protestos confirmados incluem Banias, no litoral, Homs, no norte, Deir Ezzor, no leste, e a capital Damasco, onde uma pequena demonstração foi mantida dentro da mesquita central de Omyyad.

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Um ativista em Deraa disse que as forças de segurança dispararam contra os manifestantes. Relatos no Twitter e vídeos postados no YouTube mostram uma demonstração dentro da mesquita em Damasco. Posteriormente, teria ocorrido uma manifestação em defesa do regime fora da mesquita. Vídeos de Homs, Banias e Deraa mostraram manifestantes gritando slogans, pedindo liberdade.

A agência de notícias estatal da Síria, Sana, afirmou que "atos de sabotagem" ocorreram em Deraa, enquanto "alguns instigadores tentavam criar o caos", levando as forças de segurança a intervir. As reuniões são ilegais sob a lei de emergência que está em vigor na Síria desde 1963.

Na terça-feira, uma pequena manifestação espontânea foi realizada num movimentado mercado turístico em Damasco. Na quarta-feira, um grupo de cem ativistas e parentes de prisioneiros políticos foram violentamente dispersados por forças de segurança após um protesto passivo do lado de fora do Ministério do Interior. Mais de 30 pessoas, incluindo a líder ativista Suhair Atassi, foram detidas e 32 foram posteriormente acusadas de atacarem a reputação do Estado.

Grupos de direitos humanos condenaram a resposta à demonstração de quarta-feira. Uma fonte diplomática em Damasco descreveu a ação de forças policiais à paisana como "chocante" e "totalmente desproporcional". As informações são da Dow Jones.

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