As forças de segurança oficiais da Síria mataram 56 crianças em novembro, no "mês mais mortífero" desde o início da repressão a protestos contra o governo no país, afirmou o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, que lidera uma investigação para as Nações Unidas sobre o tema.
"Segundo fontes confiáveis, até agora, 307 crianças foram mortas pelas forças estatais. Novembro foi o mês mais mortífero até agora, com 56 crianças mortas", afirmou Pinheiro, durante uma sessão especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra.
A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, disse nesta sexta-feira que o caso da Síria deve ser enviado ao Tribunal Penal Internacional (TPI), pois foram cometidos crimes contra a humanidade. "Em vista do fracasso manifesto das autoridades sírias em proteger seus cidadãos, a comunidade internacional precisa tomar medidas urgentes e efetivas para proteger o povo sírio", afirmou Pillay durante a sessão do Conselho de Direitos Humanos.
O embaixador da Síria na ONU, Fayssal al-Hamwi, disse que qualquer ação da ONU apenas pioraria a crise no país. Segundo ele, o painel de investigadores liderado por Pinheiro "caiu na mesma armadilha" de outros observadores estrangeiros, que se posicionaram contra o governo de Damasco. "Nós condenamos duramente o fato de a comissão internacional não ter sido objetiva no relatório", afirmou o diplomata. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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