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Repressão na Síria causa 42 mortes, mesmo com missão da ONU no país

Manifestantes, com cartazes, protestam contra o presidente sírio Bashar Al-Assad, em Kafranbel | Reuters
Manifestantes, com cartazes, protestam contra o presidente sírio Bashar Al-Assad, em Kafranbel (Foto: Reuters)

Cairo - Pelo menos 42 pessoas morreram nesta sexta-feira na Síria em novas ações de repressão por parte das forças governamentais, apesar da presença dos observadores da ONU no país, informaram os Comitês de Coordenação Local.

A maioria das mortes foi de membros do grupo opositor de Homs, com 23 vítimas. A repressão aconteceu um dia depois de um grupo de observadores da ONU chegar à Síria, de acordo com informações da organização. No entanto, ainda não houve nenhuma declaração a respeito por parte do regime de Damasco.

Segundo os Comitês, mais de vinte bombas foram lançadas pelo Exército do regime no bairro de Khalediya, na cidade de Homs. As forças governamentais também bombardearam a província de Aleppo, para onde se dirigiram tanques das forças armadas junto com helicópteros militares. Os Comitês acrescentaram que nos subúrbios do norte de Aleppo, diversos moradores fugiram em massa dos intensos bombardeios.

Por outro lado, a agência de notícias oficial "Sana" anunciou nesta sexta a morte de três supostos terroristas em confrontos nos arredores de Damasco. Ainda de acordo com a agência, as forças de segurança apreenderam diversos tipos de armas, artefatos explosivos e munição.

Segundo a "Sana", o suposto grupo terrorista tinha atacado uma sede do Departamento de Passaportes e Imigração em Duma e tinha causado um incêndio no edifício. Estas informações não puderam ser verificadas de forma independente devido às restrições impostas pelo regime sírio a jornalistas.

O Governo sírio pediu nesta sexta à ONU que adote as medidas necessárias para impedir "o financiamento e preparação de ataques terroristas contra a Síria" oriundos de outros países. Foram duas cartas, uma enviada ao secretário-geral do organismo internacional, Ban Ki-moon, e a outra à presidente de turno do Conselho de Segurança, a americana Susan Rice.

Damasco denunciou que nos últimos dias aumentaram as ações terroristas em seu território, especialmente depois que houve o anúncio dos enviados especiais da ONU e da Liga Árabe para a Síria.

A ONU mandou a uma equipe de observadores à Síria para analisar com as autoridades locais o desdobramento de uma missão militar para aplicar um plano de paz. A iniciativa exige a todas as partes o fim imediato da violência e violações dos direitos humanos, assim como garantias para o acesso do pessoal humanitário ao país. A transição política rumo à democracia e permissão do acesso da imprensa são outras exigências.

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