Tegucigalpa - Pressionado a negociar com o deposto Manuel Zelaya, o governo golpista de Roberto Micheletti recebeu ontem um gesto de apoio incondicional de uma comitiva composta por um senador e três congressistas republicanos, integrantes da ala dos mais duros opositores de Barack Obama.
O grupo liderado pelo senador da Carolina do Sul, Jim DeMint, afirmou em Tegucigalpa que a solução para a crise hondurenha são as eleições de novembro posição distinta do Departamento de Estado, que diz que a volta de Zelaya ao poder é condição para que Washington reconheça o pleito.
Para tentar neutralizar o efeito da viagem republicana num país sob forte influência dos EUA, um grupo de parlamentares democratas enviaram carta ontem ao presidente do Congresso em Honduras na qual afirmaram que DeMint representa uma minoria no Legislativo do país.
Os cinco congressistas democratas ameaçaram fazer pressão para que os Estados Unidos não reconheçam a eleição. "Se o governo de facto segue dilatando esse processo [de negociação], urgiremos a nosso governo a não reconhecer suas próximas eleições, diz a carta enviada a Juan Ángel Saavedra, que assumiu o Congresso após a posse de Micheletti, um aliado seu.
A comititiva de DeMint tentou obter fundos públicos do Congresso para chegar ao país.
O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, o democrata John Kerry, bloqueou a aprovação.
Foi mais um da guerra de nervos que virou a questão hondurenha no Congresso.
O republicano, também membro da Comissão de Relações Exteriores, vem usando uma manobra regimental para impedir a aprovação para nomes indicados por Obama para cargos-chave na América Latina.