
Autoridades italianas informaram ontem que mais dois corpos foram retirados do transatlântico Costa Concordia, que naufragou na costa da Toscana, o que eleva o número de mortes confirmadas para 15. Os dois corpos são de mulheres e um deles, segundo a agência italiana Ansa, já foi identificado: era de Maria DIntrono, italiana de 30 anos da cidade de Biella, que viajava em lua de mel no cruzeiro com o marido, que se salvou do naufrágio.
Também ontem, os exames toxicológicos feitos no capitão Francesco Schettino, que comandava o transatlântico no naufrágio de 13 de janeiro, deram negativo, informou o jornal milanês Corriere della Sera. Isso significa que Schettino, sob prisão domiciliar perto de Nápoles, não estava drogado nem bêbado quando ocorreu o desastre.
O funcionário da agência nacional de proteção civil responsável pelas buscas, Franco Gabrielli, disse que os mergulhadores recuperaram os corpos das duas mulheres no internet café da embarcação. Eles usaram explosivos para abrir um buraco no casco da embarcação.
Dessa forma, o número de desaparecidos caiu para 17, mas no final de semana autoridades disseram que aparentemente havia passageiros não registrados no navio no momento do acidente, o que significa que o número de desaparecidos pode aumentar.
O almirante Ilarione dellAnna disse que a remoção do combustível do Costa Concordia poderá começar hoje e levará 23 dias. Deverão ser extraídas por mangueiras 2,2 mil toneladas de combustível pesado.
As buscas por mais corpos vão continuar. A decisão de realizar as duas operações em conjunto foi tomada após ficar comprovado que o Costa Concordia está estável e não corre o risco de afundar no Mar Tirreno.
Gabrielli defendeu que as operações para recuperar os corpos continuem, mesmo com os riscos para os mergulhadores. "Aqui na ilha [de Giglio] existem parentes das vítimas que têm o direito de saber o que aconteceu com elas", disse. Segundo ele, não existe o risco de o navio naufragado se movimentar para águas mais profundas no momento.