A eleição regional deste domingo (23) na Venezuela, considerada um referendo sobre o presidente Hugo Chávez, foi concluída às 16h25 local (18h55 de Brasília), informou a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena.
O resultado será divulgado em cada jurisdição só quando for "irreversível", reiterou a presidente do CNE, já que projeções extra-oficiais foram proibidas pelo governo de Hugo Chávez, impedindo a divulgação de qualquer pesquisa de boca-de-urna.
Algumas seções eleitorais, com longas filas, permanecerão abertas até que todos possam votar, como prevê a lei eleitoral, destacou Lucena.
Quase 17 milhões de eleitores foram convocados para escolher entre 22 governadores, 328 prefeitos e vários conselheiros municipais.
Boca-de-urna
O presidente Chávez ameaçou suspender a concessão aos meios de comunicação que divulgassem pesquisas de boca-de-urna e projeções sobre resultados. Neste domingo, ele disse ter confiança em que as eleições demonstrarão a "força" da democracia venezuelana e de suas instituições e afirmou que a manutenção da "governabilidade" está garantida.
"Independentemente dos resultados desse dia, a Venezuela continuará sendo um país com alto grau de governabilidade", afirmou Chávez, depois de depositar seu voto no bairro popular de 23 de Enero, a oeste de Caracas.
"Temos de reconhecer o que a voz da nação diz. Temos de reconhecer o árbitro que mostrou uma e outra vez sua imparcialidade", declarou.
"Honra ao vencido e glória ao vencedor e, amanhã, a Venezuela segue sua marcha", completou. Chávez pediu a todos os venezuelanos que fossem votar e garantiu que o processo eleitoral, 100% automatizado, está "blindado" e é um dos "mais transparentes, mais rápidos e mais seguros do mundo".
O presidente venezuelano acrescentou que não foram relatados problemas no processo de votação, mas assegurou que o governo está preparado para conter qualquer "eventualidade" que surgir.
Sem citar nomes, Chávez disse ainda que quem não reconhecer os resultados da urnas terá uma "morte política".
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