Casal se reencontra no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo: alívio depois de dias de espera por voos para voltar da Europa| Foto: Toussaint Kluiters/Reuters
Veja os países que ainda estão enfrentando problemas nos aeroportos
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Os principais aeroportos da Eu­­ropa autorizaram a retomada on­­tem da maior parte do tráfego aé­­reo interrompido desde o último dia 15 devido à nuvem de fumaça expelida por uma erupção na Is­­lândia há uma semana – no primeiro dia da implementação do plano anunciado na véspera por autoridades europeias para mitigar o caos.

A Eurocontrol (agência europeia de segurança aérea) estimava que cerca da metade dos 27,5 mil voos previstos fossem autorizados ao final do dia – superando meta de 45% – à medida que aeroportos de países como Reino Unido, Fran­­ça, Alemanha e Holanda re­­tomassem atividade. Na segunda-feira, um terço das decolagens foi realizado.

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Em Paris e Amsterdã, a autorização para os voos foi comemorada por passageiros presos nos aeroportos desde a última quinta, quando as paralisações em massa começaram. Na Alemanha, o es­­paço aéreo seguia parcialmente fechado, mas as decolagens e aterrissagens deveriam ser retomadas à noite.

Os principais aeroportos de Londres – mesmo o de Heathrow, um dos mais movimentados do continente – permaneceram fe­­chados durante todo o dia, mas o governo autorizou os primeiros voos já ontem à noite. O tráfego também era retomado em locais como Escócia, Irlanda, Suíça, Es­­candinávia e Europa central e oriental, com exceções. No sul, o trânsito já estava em geral normalizado.

Durante o dia, o aumento da atividade do vulcão Eyjafjal­­la­­jokull lançou dúvidas quanto à retomada dos voos, mas a pouca fumaça expelida e a melhora nos prognósticos tranquilizaram as autoridades europeias.

Pelo plano delineado na segunda, o espaço aéreo europeu seria dividido em três zonas: de tráfego proibido; restrito; e liberado. Mas ontem, ante a melhora nas condições, mesmo o primeiro perímetro se preparava para uma reabertura parcial.

As autoridades de tráfego aé­­reo, no entanto, terão agora de li­­dar com o acúmulo sem precedentes de 95 mil voos atrasados nos últimos seis dias de paralisação. O transporte de todos os passageiros que ainda esperam para embarcar deverá levar dias ou mesmo semanas.

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Alerta

Apesar do clima de volta à normalidade, especialistas que mo­­nitoram o Eyjafjallajokull, o pi­­vô da maior paralisação aérea em tempos de paz, alertavam pa­­ra a possibilidade de o vulcão despertar um vizinho. Segundo eles, a atividade do vulcão Katla é historicamente ligada à do Eyjafjallajokull, e sua eventual erupção poderia gerar conse­­quên­­cias ainda mais graves.