A última rodada de negociações antes da conferência de Copenhague, no mês que vem, terminou neste sábado (7), em Barcelona, sem avanço sobre os pontos mais essenciais de um novo acordo internacional de combate às mudanças climáticas. A reunião de cinco dias foi marcada por um círculo vicioso de declarações em que os países em desenvolvimento e os desenvolvidos cobram metas mais audaciosas uns dos outros.
As nações em desenvolvimento, incluindo o Brasil, querem que as desenvolvidas se comprometam com uma redução de emissões de gás carbônico de no mínimo 40% até 2020, comparado a 1990. As propostas até agora estão na faixa dos 15%. Os desenvolvidos, por sua vez, querem que os emergentes (especialmente Brasil, China e Índia) se comprometam com reduções mais audaciosas de suas emissões futuras.
Para os Estados Unidos, não bastará ter uma "lista de projetos". Segundo o chefe da delegação norte-americana, Jonathan Pershing, as ações apresentadas pelos emergentes terão de ser quantificadas, com números que demonstrem quanto gás carbônico cada país deixará de emitir até 2020. "Gostaríamos de ver uma projeção dos efeitos dessas ações", disse. Ele esclarece que o número não seria uma meta vinculante, como é para os países desenvolvidos. Mas as ações deveriam ser obrigatórias. "Se nós (os desenvolvidos) temos a obrigação de atingir resultados, eles devem ter a obrigação de implementar seus esforços."
A ausência de obrigatoriedade para redução de emissões das economias emergentes foi uma das razões pela qual os EUA nunca ratificaram o Protocolo de Kyoto, e continua a ser um obstáculo para que o país aceite participar de um acordo em Copenhague. O chefe da diplomacia brasileira em Barcelona, Luiz Alberto Figueiredo Machado, disse que o Brasil está "muito tranquilo" sobre a proposta que levará a Copenhague. "O Brasil apresentará ações, elas serão ambiciosas, e portanto seremos parte da solução e não do problema." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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