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Revolta toma conta do Haiti

Haitianos montam barricada em rua de Porto Príncipe, capital do país, para contestar resultado das eleições | Eduardo Muñoz/Reuters
Haitianos montam barricada em rua de Porto Príncipe, capital do país, para contestar resultado das eleições (Foto: Eduardo Muñoz/Reuters)
Veja no infográfico o resultado das eleições no Haiti |

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Veja no infográfico o resultado das eleições no Haiti

Porto Príncipe - Milhares de haitianos foram às ruas protestar contra os resultados da eleição presidencial que, a princípio, deixaram fora da disputa do segundo turno o popular cantor Michel Martelly.

O aeroporto foi fechado. Nem comércio nem repartições públicas funcionaram ontem na capital Porto Príncipe, tomada por barricadas. Pelo menos quatro pessoas morreram durante os protestos.

A sede do Inité, o partido do candidato do presidente René Préval, foi incendiada e rádios locais informaram que um ho­­mem morreu durante um protesto em Cabo Haitiano, a segunda maior cidade do país.

As manifestações, a maioria promovida por seguidores do centro-direitista Martelly, começaram ainda na terça-feira, momentos depois que o Conselho Provisório Eleitoral (CPE) divulgou os resultados da atribulada votação de 28 de novembro.

Pelos resultados preliminares, que podem ser contestados até amanhã, disputarão um inédito segundo turno a ex-primeira-dama Mirlande Manigat (31, 37%) dos votos, e o governista Jude Célestin (22,48%). Colado ao candidato de Préval aparece o cantor Martelly, com 21,84%. A diferença tão pequena au­­menta o dramatismo da situação, uma vez que o próprio CPE admite que em 4% dos locais de votação houve problemas na votação.

A ONU, que mantém missão no Haiti desde 2004 (Minustah) e é a principal fiadora da votação, pe­diu calma e revisão das irregularidades.

O Brasil, que comanda o braço militar da Minustah, divulgou nota na qual diz esperar que o processo "siga seu curso no estrito marco da lei, que prevê soluções institucionais para corrigir eventuais falhas no escrutínio’’.

A Minustah reforçou a segurança na casa do presidente Préval e outras autoridades do governo.

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